Participei do Curso de Extensão "O Lugar no Mundo e o Mundo no Lugar: Desafios das Cidades da Periferia para o século XXI - A PERIFERIA É O CENTRO"... 15 de Maio à 07 de Junho de 2008 na Ulbra de Canoas/RS, sendo um dos produtos do Observatório Franco-Brasileiro de Cidades Periféricas . Onde pude observar, analisar, escutar e discutir pontos de vistas e estratégicas de como melhorar a qualidade de vida e apaziguar as relações entre pessoas e classes sociais.
Faço uma colocação em relação à palestra – “Da Periferia para a Periferia: Olhares que se encontram” de Manoel Soares (Cufa Brasil)
Em sua fala ele nos coloca que: - "Para entender a periferia tem procurar entender o Hip-Hop e ele está morrendo" - “Os jovens querem sair da invisibilidade”
Como educadora acredito nos projetos sociais e seus impactos, mas a minha aflição é quem executa estes projetos e pelo qual interesse estão executando; matar uma cultura que é o Hip-Hop, realmente se esta é uma forma de muitos desabafarem seus anseios e aflições, de que forma estas mesmas pessoas vão expressar seus sentimentos. Esperamos que realmente seja de uma forma positiva e auto-construtora; em minha experiência já vi e ainda escuto muitos educadores dizendo que seus ouvidos não são "pinicos", aniquilando e apedrejando o Hip-Hop, impondo seus alunos o que devem escutar, cantar e dançar outros tipos de músicas, menos o hip-hop e outras músicas de origem indígena, africana ou negra.
Realmente somos um País em construção, encaminhando pelo mesmo caminho de outros países mais antigos, ou seja, de guerras e intolerância. Me indigno, vendo e escutando seminários, cursos, congressos e discussões sobre periferia, favelas e negros, fazendo lucratividade das misérias humanas. “Brigando” pelo poder de quem mais sabe como resolver as mazelas humanas, sem nunca terem vivenciado esta realidade.
Outra Colocação que os jovens tem a necessidade de sair da invisibilidade, o qual me chamou atenção esta questão, a necessidade de ser visto, de ser respeitado, de ser valorizado, enfim ser visível ao mundo; isto podendo ser de uma ação positiva ou negativa. Daí eu coloco para quem e pelo qual objetivo de se tornar visível? Na realidade todos nós temos isto, de querer sair do invisível. Muitos dos jovens hoje se encontram desamparados da família, religiões e escola.
- Um adolescente de 15 anos que grafita veio desabafar comigo, me colocando a seguinte situação: Está enfrentando a mãe dele que quer, que ele cobre pelo serviço dele, e ele diz a mãe que recém está iniciando, preferindo marcar espaço ou território e também podendo exercitar e se tornar melhor no que está fazendo. E ele me diz que a mãe dele não entende ele, que não interessa se a pessoas dão as tintas e os materiais, tem que cobrar e caro. Claro que esperei ele desabafar, para depois fazer minha colocação, disse a ele que conhecia muito bem a mãe dele, e que eles tem pensamentos e percepções muitos diferentes, mas que não era para ele desistir e continuar acreditando no que ele acreditava. Tanto que a mãe dele deixou de ser melhor por colocar o dinheiro em primeiro lugar e não se preocupando em se aperfeiçoar e hoje sendo uma adulta muito frustada e matando os sonhos de seus filhos.
Divido com vocês esta informação, até pelo fato que os projetos sociais relacionado à juventude, não podem esquecer de tudo que está relacionado com o sujeito, que são valores dentro da: 1- Família 2- Escola 3- Religiões (Pois é forte a construção ou a desconstrução do sujeito), discutir também os três poderes que são: 1- Poder da Mídia 2- Poder Econômico 3- Poder Militar (Que muitas vezes se aproveitam das desordens das famílias, escolas e religiões).
Muitos dados já comprovam grande número de adolescentes participando de seitas, muitos por motivo de uma autoridade paterno/materna que lhe bloqueia e nega o direito da escolha, nestas organizações querem combater o inimigo de suas mazelas, é combater e destruir o sistema, como se fosse resolver todos seus problemas!!!
Sei que muitos que trabalham com este público, que seus ideais são os melhores possíveis, mas temos que criar planos de estratégicas para não sofrermos como muitos de outros países já sofrem com guerras e intolerâncias. Portanto antes da educação vem a cultura, se continuarmos aniquilando e desrespeitando culturas, não se constróe saberes e nem se educa, caso contrário estamos alienando e doutrinando seres para se tornarem cada vez mais escravas do medo e da insegurança!
Silvia Roldão Matos
Professora de Educação Física
Faço uma colocação em relação à palestra – “Da Periferia para a Periferia: Olhares que se encontram” de Manoel Soares (Cufa Brasil)
Em sua fala ele nos coloca que: - "Para entender a periferia tem procurar entender o Hip-Hop e ele está morrendo" - “Os jovens querem sair da invisibilidade”
Como educadora acredito nos projetos sociais e seus impactos, mas a minha aflição é quem executa estes projetos e pelo qual interesse estão executando; matar uma cultura que é o Hip-Hop, realmente se esta é uma forma de muitos desabafarem seus anseios e aflições, de que forma estas mesmas pessoas vão expressar seus sentimentos. Esperamos que realmente seja de uma forma positiva e auto-construtora; em minha experiência já vi e ainda escuto muitos educadores dizendo que seus ouvidos não são "pinicos", aniquilando e apedrejando o Hip-Hop, impondo seus alunos o que devem escutar, cantar e dançar outros tipos de músicas, menos o hip-hop e outras músicas de origem indígena, africana ou negra.
Realmente somos um País em construção, encaminhando pelo mesmo caminho de outros países mais antigos, ou seja, de guerras e intolerância. Me indigno, vendo e escutando seminários, cursos, congressos e discussões sobre periferia, favelas e negros, fazendo lucratividade das misérias humanas. “Brigando” pelo poder de quem mais sabe como resolver as mazelas humanas, sem nunca terem vivenciado esta realidade.
Outra Colocação que os jovens tem a necessidade de sair da invisibilidade, o qual me chamou atenção esta questão, a necessidade de ser visto, de ser respeitado, de ser valorizado, enfim ser visível ao mundo; isto podendo ser de uma ação positiva ou negativa. Daí eu coloco para quem e pelo qual objetivo de se tornar visível? Na realidade todos nós temos isto, de querer sair do invisível. Muitos dos jovens hoje se encontram desamparados da família, religiões e escola.
- Um adolescente de 15 anos que grafita veio desabafar comigo, me colocando a seguinte situação: Está enfrentando a mãe dele que quer, que ele cobre pelo serviço dele, e ele diz a mãe que recém está iniciando, preferindo marcar espaço ou território e também podendo exercitar e se tornar melhor no que está fazendo. E ele me diz que a mãe dele não entende ele, que não interessa se a pessoas dão as tintas e os materiais, tem que cobrar e caro. Claro que esperei ele desabafar, para depois fazer minha colocação, disse a ele que conhecia muito bem a mãe dele, e que eles tem pensamentos e percepções muitos diferentes, mas que não era para ele desistir e continuar acreditando no que ele acreditava. Tanto que a mãe dele deixou de ser melhor por colocar o dinheiro em primeiro lugar e não se preocupando em se aperfeiçoar e hoje sendo uma adulta muito frustada e matando os sonhos de seus filhos.
Divido com vocês esta informação, até pelo fato que os projetos sociais relacionado à juventude, não podem esquecer de tudo que está relacionado com o sujeito, que são valores dentro da: 1- Família 2- Escola 3- Religiões (Pois é forte a construção ou a desconstrução do sujeito), discutir também os três poderes que são: 1- Poder da Mídia 2- Poder Econômico 3- Poder Militar (Que muitas vezes se aproveitam das desordens das famílias, escolas e religiões).
Muitos dados já comprovam grande número de adolescentes participando de seitas, muitos por motivo de uma autoridade paterno/materna que lhe bloqueia e nega o direito da escolha, nestas organizações querem combater o inimigo de suas mazelas, é combater e destruir o sistema, como se fosse resolver todos seus problemas!!!
Sei que muitos que trabalham com este público, que seus ideais são os melhores possíveis, mas temos que criar planos de estratégicas para não sofrermos como muitos de outros países já sofrem com guerras e intolerâncias. Portanto antes da educação vem a cultura, se continuarmos aniquilando e desrespeitando culturas, não se constróe saberes e nem se educa, caso contrário estamos alienando e doutrinando seres para se tornarem cada vez mais escravas do medo e da insegurança!
Silvia Roldão Matos
Professora de Educação Física
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