quarta-feira, 24 de junho de 2009

Momentos que Não Esperamos

Hoje (24/06/2009) - Quarta-Feira eu e minha cunhada tivemos uma audiência no Fórum referente à um fato ocorrido no início do mês de Dezembro de 2008... Sentindo um desconforto em relação à este fato, a vontade era de não ir, deixar correr... Quando chegamos ao Fórum, depois de muito custo de achar um lugar para estacionar, preocupadas para não chegarmos atrasadas... Entramos lá, entrei com presentimento nada bom e um aperto no peito muito desconfortável... Quando vejo uma mulher e ela me olha, me dirijo a ela e digo eu te conheço e ela tbm diz a mesma coisa, perguntei se não era da minha redondeza onde moro, ela respondeu que sim... Ela me disse que estava ali nem sabia o pq, que estava com o filho e apontou com o rosto, quando olhei vi que ela estava falando do mesmo cara que nos atacou, um filho de uma conhecida... Ainda ela não sabia totalmente do fato ocorrido, quando chamaram as vítimas e o abusador para entrarem, foi que a mãe do rapaz ficou com o olho de surpresa e com dúvida ao mesmo tempo... Quando saímos da sala esta mesma mãe conhecida estava de cabeça baixa e permanecia baixa até não sei quando, mas ela não teve coragem de olhar prá nós e querer uma explicação... Eu dentro do momento que estou passando não fiz esforços de me dirigir até ela, passei reto e viemos embora.

Dentro do mesmo período, ficamos chocadas com o atendimento público, a mulher que vem nos chamar para a sala, no corredor mesmo nos perguntando se queríamos dar continuidade ao processo e o corredor cheio... Me dirigi a minha cunhada e disse, isto não é pergunta que se faz no corredor... Depois lá dentro nós duas e o abusador... A juíza nos pergunta um resumo do fato ocorrido, sendo que minha cunhada falou, em seguida nos pergunta se queríamos dar continuidade ao processo... Daí perguntamos o que acontecia se o processo fosse arquivado? E ela nos responde que fica por assim mesmo, se puxar na ficha não sai nada, só se for a julgamento prá aparecer... Daí fiz a pergunta dos antecedentes criminais dele, pois já sabendo que ele tinha, mas no processo presente não tinha os anteriores, daí ela pergunta ao abusador e ele diz que já foi julgado por estupro, mas foi absolvido... E a juíza disse que isto deveria estar no processo... Eu e minha cunhada conversamos e chegamos num acordo que vamos dar continuidade ao processo... Mas que isto não poderia ficar por assim mesmo... Hoje foi com nós, amanhã podendo ser denovo, com outras pessoas e assim por diante...

Resumo do fato:

No início de Dezembro de 2008, estávamos na função da organização da Festa Sólegria e tínhamos que levar uns ingressos prá serem sorteados num bar... decidimos ir a pé por ser perto e já dávamos uma caminhadinha... 3 paradas... Mas bem faceiras conversando e planejando... Este cara nos interfere de passar na faixa... Foi prá cima da minha cunhada, ela querendo retornar prá casa e eu disse que não, vamos continuar, pedia para o cara sair da nossa frente, mas ele nos enfrentando, aí veio prá cima de mim... Até hj não sei até onde foi meu grito... Os guardas do posto de saúde que estavam assistindo, acharam que era uma briga de casal, quando ouviram meus gritos, aqueles dois guardas vieram e deram a surra, mas a surra mesmo... Resumindo detalhes... Fomos todos a delegacia e denunciamos... A cara completamente dependente de drogas ilícitas, hj ele afirma não lembrar de nada e os guardas nos colocaram que muitos estão sendo absolvidos por não lembrarem de nada, ou seja, por estarem drogados e eles prosseguiram em seus argumentos e como fica quem é abusado? ... Por estar drogado ou chapado pode fazer tudo o que bem entende?

Conheço a mãe e o irmão dele, pessoas justas e corretas... Poderia pensar naquele momento pela mãe e o irmão dele... Mas o caso é a parte... É nós e somente a ele... Poderíamos não dar continuidade ao processo em consideração a família... mas tbm temos que saber separar as coisas... cada caso é um caso... mesmo a juíza nos perguntando e ao mesmo tempo nos induzindo a arquivar o processo... Fomos tranquilas e sensatas conosco mesmo.

Dentro do mesmo espaço de tempo, como dizemos que iríamos dar continuidade, ficamos aguardando que o abusador foi averiguar um defensor público... Enquanto isto ficamos assistindo outras audiências... Que falta de ética e respeito com outras pessoas, da onde nós que não tinha nada haver ficar assistindo outras audiências... Mas uma coisa ficou visível, que a juíza fazia a pergunta indutiva à todos... E todos que assistimos arquivaram seus processos... Uma mulher de uma simplicidade nunca sairá das minhas lembranças... Um homem violentou seu filho... Ela disse se este mesmo homem prometesse que nunca mais fizesse aquilo já estava ótimo... Portanto ela arquivou o processo... E o homem... meu pai do céu... Desistindo de processar um violentador.

Mas eu e minha cunhada vamos continuar com nosso processo, se vamos correr riscos, são outros detalhes... Mas soma em termos de conhecimento, isto é fato...

Att.
Silvia Matos

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