domingo, 12 de março de 2017

Nietzsche matamos Deus ou se matamos? Consciência de estar no inferno!

Perguntaram-me: se Nietzsche era ateu, que tanta citação em relação a Deus? Nietzsche tinha total consciência de ser um verdadeiro ateu (sem Deus), por ser ou estar morto (sem alma). Um morto não pode ser considerado um verdadeiro filósofo. Se não acessa a luz ou realidade de dimensões maiores, que verdade pode nos trazer? Totalmente limitado a esta dimensão. 

O Homem Louco – […] Não ouvimos o barulho dos coveiros a enterrar Deus? Não sentimos o cheiro da putrefação divina? – também os deuses apodrecem! Deus está morto! Deus continua morto! E nós o matamos! Como nos consolar, a nós assassinos entre os assassinos? O mais forte e mais sagrado que o mundo até então possuíra sangrou inteiro sob os nossos punhais – quem nos limpará este sangue? Com que água poderíamos nos lavar? Que ritos expiatórios, que jogos sagrados teremos de inventar? A grandeza desse ato não é demasiado grande para nós? Não deveríamos nós mesmo nos tornar deuses, para ao menos parecer dignos dele? Nunca houve um ato maior – e quem vier depois de nós pertencerá, por causa desse ato, a uma história mais elevada que toda a história até então” – Nietzsche, Gaia Ciência, §125

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